Para Ver: Once Upon a Time
O Oscar passou, os vestidos mais bonitos (e os mais feios)
já foram comentados, todo mundo lamentou (ou riu) do tombo da Jennifer
Lawrence, todos se perguntaram o que foi a música dos seios das atrizes... e
agora nossa vida volta ao normal. Ver alguns filmes aqui, outros acolá e nada
mais de atrações audiovisuais bacanas que mereçam nossa atenção, certo?
ERRADO!
Para isso, meus amigos, existem as séries de TV
(que, convenhamos, possuem seu próprio Oscar). E aproveitando que o clima do
Academy Awards passou, que tal voltarmos a nos inteirar das novidades do mundo
televisivo e conhecer uma série que é o
atual fenômeno de audiência, incluindo no Brasil?
Estou falando da série Once Upon a Time (sem tradução no Brasil),
dos mesmos criadores e produtores da renomada Lost.
Vamos conhecer um pouco da história e, assim, entendermos a série?
A história
Emma Swan, investigadora independente, está voltando de mais
um dia de trabalho quando um menino bate à sua porta. Para a sua surpresa, este
menino nada mais é do que seu filho, que ela entregou para adoção assim que
nasceu, há alguns anos. E se não bastasse o choque por rever uma criança que
você jurava não ver nunca mais (e que você jurava que jamais iria te
encontrar), Emma ouve de Henry uma história para lá de esquisita. Uma história
envolvendo todos os contos de fada.
Era uma vez uma princesa chamada Branca de Neve. Por culpa
de sua madrasta, a Rainha Má, Branca quase morreu envenenada por uma maçã, mas
eis que seu Príncipe Encantado a acordou, e ambos puderam ser felizes para
sempre.
Ou quase isso.
No dia do casamento de Branca de Neve e Príncipe Encantado,
a Rainha Má reaparece, e declara que lançará uma maldição, tão perversa e tão
cruel que todos se esquecerão do que amam, e somente ela terá o seu “feliz para
sempre”. Apesar de nenhum personagem dar crédito a essa ameaça, as coisas
passam a mudar no mundo dos contos de fadas, e se confirma: a rainha está se
preparando para lançar a maldição.
A essa altura do campeonato, Branca de Neve está feliz,
vivendo ao lado de seu amado esposo e esperando o primeiro filho deles. Mas ao
perceber que a maldição está para se realizar, o casal busca uma maneira de
reverter a situação. É quando fazem um acordo com o perigoso mago Rumpelstiltskin (duvido que você consiga escrever essa palavra
sem olhar!), em troca de revelar o que irá acontecer a todos. Rumpelstiltskin aceita... se o casal der o nome da filha de
Branca de Neve.
O Príncipe Encantado tenta recusar, mas Branca revela, no
mesmo instante, que o nome será Emma. Rumpelstiltskin, então, revela o que consiste a maldição:
todos estarão destinados a viver num tempo congelado, em um mundo paralelo, sem
se lembrar de quem são.
A única solução encontrada para dar fim à essa tragédia está
numa antiga árvore que tem o poder de neutralizar o feitiço. A pessoa que nela
se abrigar ficará livre e será conduzida em segurança para o mundo real, sem
ser afetada. Com isso, terá o poder de voltar ao mundo dos contos de fadas, já
congelado no tempo, e quebrar a maldição, fazendo com que todos voltem ao
normal.
Gepetto, o artesão do reino, decide fazer um armário dessa
árvore e, com isso, criar o objeto que salvará a todos. O problema é que o
feitiço da árvore só é extensível para apenas UM humano, o que faz com que as
opções sejam reduzidas. Branca de Neve, prestes a dar à luz, decide ir, assim
ela e sua filha poderão voltar e quebrar a maldição.
Mas quando o armário
finalmente fica pronto, a maldição já está sendo lançada no reino, e Branca de
Neve entra em trabalho de parto. A criança nasce um pouco antes da maldição ser
finalizada, e já não podendo ir, Branca envia sua filha recém-nascida para o
armário, com a esperança de que ela retornará um dia.
Estará a pequena Emma indo para Nárnia?
Nem preciso dizer que essa criança é, supostamente, Emma
Swan, que a princípio acha toda a história um verdadeiro absurdo, delírio da
cabeça do jovem Henry.
É quando o menino, a fim de convencê-la, pede para que ela
vá com ele até a cidade de Storybrooke, no Maine, e veja a situação por sua
própria conta. Lá, Emma conhece Regina, a mãe adotiva de Henry e prefeita da
cidade. Regina é uma pessoa influente e severa, que não permite que a desafiem.
A tensão entre as duas é imediata, e Regina faz de tudo para que Emma não fique
na cidade. Mas vendo que aquela cidade esconde muitos segredos, e que coisas
estranhas rondam a vida de Regina, Emma resolve ficar. Lenda ou não, ela tinha
o dever de proteger Henry, e acima de tudo, descobrir o que afinal acontece em
Storybrooke.
Pontos fortes da
série
1. A produção. Todos os cenários, figurinos, maquiagem...
tudo é impecavelmente preparado. E levando em consideração que metade da
história se passa em um mundo de conto de fadas, por excelência onírico e
imaginativo, é difícil fazer com que ESTE MUNDO soe palpável, real! Mas a
produção de Once Upon a Time é bem feita. E eu, particularmente, amo os
figurinos da Regina e da Rainha Má.
Talvez um pouco perua, mas quem liga?
2. As histórias dos contos de fadas. Engana-se quem espera
que sejam as mesmas histórias que costumamos ouvir durante todos esses anos.
Ok, na verdade são, mas contadas de
um modo diferente. Ao mesmo tempo que tentam se manter fiéis, os roteiristas
criam novos horizontes para as histórias, fazendo com que elas fiquem
imensamente mais interessantes e reais.
3. A ligação entre mundo real x mundo dos contos de fadas.
Com algumas poucas exceções, os roteiros sabem alternar bem as transições entre
um mundo e outro, e como a vida dos personagens no mundo de contos interfere na
vida deles no mundo real. Sensibilidade e leveza na medidas, sem perder o
drama, a graça ou o humor.
4. O desenvolvimento do enredo em si. A história corre bem,
com boa continuidade e acontecimentos sempre relevantes. É uma boa sequência de
capítulos, o que deixa o espectador curioso para o que vai acontecer.
Pontos fracos da
série
1. Os personagens. Apesar de boa parte de eles serem oriundo
de histórias que já conhecemos, poucos conseguem se tornar verdadeiros
destaques, que nos fazem querer se cativar bem rápido. Claro que temos exceções
(a meu ver, personagens como Regina, Mr. Gold e Ruby), mas, por enquanto, a
maior parte ainda tem um potencial não explorado. Uma pena.
(cito aqui o exemplo Mary Margareth/Branca de Neve, que como
Branca de Neve é de um jeito [corajosa, destemida e ativa] e como Mary
Margareth... bem, é bem mais dócil do que sua versão anterior. Talvez ela possa
ser desenvolvida melhor, na sua forma “real”, porque tem todo um potencial
interessante).
2. Não chega a ser totalmente ponto fraco, já que uma boa
parte cumpre com seu papel, mas as atuações dos atores também não me convencem.
Alguns simplesmente não conseguem sair de um patamar seguro e confortável de
atuação, e por isso não passam o drama e carga emotiva que precisam passar. Na
verdade, alguns deles parecem sempre estar com a mesma cara e mesma atuação
toda santa cena, o que irrita um pouco.
(no caso, estou falando de uma impressão que tenho de atores
como Jennifer Morrison, que interpreta Emma Swan. Mas também não me agrada a
atuação de Ginnifer Goodwin e Josh Dallas. Talvez seja de família –Q)
3. Eu sei que estamos falando de contos de fada. Sei que
amor ainda é o tema que mais vende no mundo. Felizes para sempre então? Mas
convenhamos... esse clima amável e colorido de “love never fails” (cortesia da
frase para Ana Santis, obrigada) cansa um pouco. Vamos pôr um pouco mais de
drama e desespero e decepção? Fazem bem à uma história o amor falhar de vez em
quando.
Todos cantando juntos!
Mas mesmo com algumas atuações medianas (e algumas realmente
excelentes – bravo para Lana Parrilla e Robert Carlyle), e personagens também
medianos, o enredo bem amarrado, bem estruturado, e a constante mistura entre
real e fantasia, entre mundo atual e mundo dos contos de fada, faz com que a
série tenha excelente recepção e agrade qualquer espectador que a assista.
Definitivamente, um dos melhores produtos vistos em série!
Mexe com a imaginação de qualquer um!
Onde consigo ver?
Bem... se você
não quiser baixar via internet mesmo, e tiver TV a Cabo, o canal Sony transmite
a série no Brasil. Todas às quintas-feiras, às 21h, legendado! Uma boa
oportunidade para acompanhar, mesmo que levemente atrasado em relação aos
Estados Unidos.
E vamos ter esmaltes dessa vez para as personagens
femininas?
SIIIIIIM! Semana
que vem, vou apresentar a vocês mais das personagens femininas da série, e
também escolher esmaltes que combinem com suas personalidades e histórias. Não
percam!
Espero que gostem
da sugestão.
Comentários
Postar um comentário