Warhol, o Sr. America, na Estação Pinacoteca / SP

A exposição Andy Warhol, Mr. America está na Estação Pinacoteca de 20 de março a 23 de maio de 2010, e apresenta as melhores obras de Andy Warhol, o maior nome da Pop Art - forte movimento artístico dos anos 1960 nos Estados Unidos.


São 170 obras expostas no total, entre gravuras, pinturas, fotos, instalações e filmes. O foco maior são os trabalhos entre 1961 e 1968. Destaque para os auto-retratos Uncle Sam (1961), série Jackie Kennedy (1964), Marilyn Monroe (1967) e Sopas Campbell (1968).


Andy Warhol é conhecido pelos elementos que marcam a Pop Art, ou seja, produtos, elementos de publicidade e famosos. Para sua criação ele utilizava fotos de jornal como base. A exposição Andy Warhol, Mr. America apresenta a faceta crítica do artista. Nas obras, as celebridades aparecem pintadas com cores fortes – uma marca da Pop Art – mas não em momentos de vitória. Na série Jackie Kennedy, por exemplo, ela está de luto pelo marido. Com estas imagens ele mostra o preço da fama, como não há nada glamouroso nestes fatos, mas ao mesmo tempo cria uma sedução com a forma que trabalha as cores.


Sarcasmo e ironia também se apresentam em obras como Confrontos Raciais, Autoretrato como Drag e Desastres do Atum Enlatado, onde Warhol critica seriamente a sociedade americana e seus costumes. As cores em abundância acabam por retratar o mundo sem cor, retrato dos Estados Unidos. Esta técnica, o distanciamento, Andy Warhol trouxe do teatro de Bertolt Brecht para a arte, uma nova forma de apresentar a realidade.

Morte e a dor são representadas nos retratos de Andy, feitos de forma nada convencional – baseando-se na ausência do retratado. Os retratos de Marilyn começam a ser feitos algumas semanas antes do suicídio da atriz, e a apresentam como ela mesma fazia, como se a única Marilyn que existisse fosse a grande estrela, e não a mulher.

 

Warhol jogava com valores comerciais em sua arte, e no design conferia atributos de arte para os produtos. Ele via a importância da união das duas áreas de criação e pode-se dizer que esta idéia é a maior contribuição do seu trabalho para o design. Com o tempo, o espectador não fica mais na contemplação, mas deseja a informação, e Warhol foi essencial para a mudança deste pensamento. O artista moderno vive do artifício e Warhol é o ponto máximo deste artificialismo.

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